Comunidade Europeia da Nova Gastronomia

A Comunidade Europeia da Nova Gastronomia (ECNG) é uma Associação sem fins lucrativos fundada por iniciativa de personalidades da Real Academia de Gastronomia (Espanha), da Academia Polaca de Gastronomia, Academia Sueca de Gastronomia e da Academia Portuguesa de Gastronomia. Atualmente tem sede em Lisboa e o apoio institucional e logístico do Município de Oeiras, onde desenvolve a maior parte da sua atividade.

Para além das Academias Nacionais dos Países Europeus que queiram aderir, pretende-se que venha a integrar, à medida da sua consolidação, reconhecidas personalidades, individuais e coletivas, do mundo da gastronomia de todos os países da União Europeia, representativos das mais variadas áreas sociais e profissionais relacionadas com o tema da gastronomia e da cultura gastronómica, bem como com os temas da saúde e da educação nutricional (gastrónomos, artistas, médicos, juristas, economistas, cozinheiros, produtores de vinho, agricultores, jornalistas, investigadores, etc.).

Pretende-se, igualmente, atrair para colaborar neste projeto, as Universidades, as Academias e Confrarias Gastronómicas nacionais e regionais, bem como, empresas de referencia destas áreas, nos vários países da União Europeia, que poderão constituir-se como co-sponsors e principais financiadores. A ECNG será co-liderada por um membro da Academia Portuguesa de Gastronomia, com experiência governativa nas políticas do desenvolvimento regional e forte conhecedor dos temas e instituições europeias, e um membro da Real Academia Espanhola de Gastronomia, figura ímpar na gastronomia europeia e promotor da transformação gastronómica espanhola.

O objetivo da ECNG é, conforme estipulado estatutariamente, “a defesa e a promoção de valores culturais da Gastronomia no contexto do séc. XXI nos países europeus, englobando os seus aspectos históricos, culturais, científicos e nutricionais, a promoção de uma alimentação saudável e a sua influencia nas relações familiares e sociais e bem-estar social, da educação do gosto”.

A ECNG conta com o alto patrocínio da Academia Internacional de Gastronomia.

A Comunidade Europeia da Nova Gastronomia, foi constituída em Lisboa em 2015, por impulso das Academias de Gastronomia de Portugal, Espanha, Polónia e Suécia, com o principal objetivo de dar seguimento à Resolução de 14 de Março de 2014, do Parlamento Europeu.

A pandemia causada pela Covid19, que teve e tem efeitos dramáticos ao nível da saúde, da educação, da economia e no plano social das populações, trouxe também uma nova consciência para a questão da saúde pública, para a importância da saúde alimentar e para todas as questões de sustentabilidade e de solidariedade que passaram a ser uma preocupação geral.

É neste contexto que a Comunidade veio a estudar e a discutir um novo conceito: “A Nova Gastronomia”, sendo a Gastronomia, entendida no seu sentido mais lato como a Alimentação, englobando toda a Cadeia Alimentar, da produção ao consumidor e que representa hoje em média 1/3 do PIB dos países europeus. Abarca a produção agrícola, as pescas e a pecuária, a indústria alimentar, a distribuição e o comércio, o consumo individual, hotelaria e a restauração e outras importantes atividades como o turismo e a nutrição.

Outra das nossas reflexões prende-se com o “Direito à Alimentação”, um dos mais fundamentais direitos do indivíduo, que não está consagrado em nenhuma das Constituições europeias, ao contrário de outros direitos como o direito à saúde, ao ensino, ao trabalho, à cultura física e desporto ou à habitação.

Assim, os Associados da Comunidade procederam a uma alteração profunda do projeto, alterando o seu nome para Comunidade Europeia da Nova Gastronomia, com 3 objetivos prioritários:

• Contribuir para o reconhecimento constitucional do Direito à Alimentação, nos países Europeus;
• Impulsionar e apoiar todos os Elos da Cadeia Alimentar, desde a produção até à restauração, passando pela indústria, a distribuição e o comércio, no sentido de tornar a Nova Gastronomia numa atividade que, para além de ser Satisfatória (saborosa), seja prioritariamente Saudável, Solidária e Sustentável;
• Promover a criação do Observatório Europeu de Gastronomia, que possa acompanhar e monitorizar a evolução destes conceitos nos países europeus.